Educação católica
A frase “Mente sã em um corpo são” não é apenas um antigo provérbio latino, é um princípio que reflete a essência da proposta educativa da Verbum. Em um tempo em que o conhecimento cresce em ritmo acelerado e os desafios da educação se tornam mais complexos, unir fé e neurociência não é apenas possível, é necessário.
Por Verbum Educação - 20/08/2025
No programa de aprendizagem da Verbum, acreditamos que o ensino deve ser o meio e o aprendizado o fim. Por isso, nossa proposta curricular vai além da criação de conteúdos educacionais para crianças, ela promove o desenvolvimento integral dos estudantes — cognitivo, socioemocional, psicomotor, físico e espiritual.
Neste artigo, vamos entender como a educação católica e a neurociência podem atuar na educação superior das crianças, além de conferir como a Verbum adota essa abordagem em suas soluções e seus valores.
Antes de nos aprofundar no tema central, é necessário ter em mente o que é neurociência e qual é seu impacto no processo de aprendizagem de crianças e jovens.
Basicamente, a neurociência é um campo científico que estuda o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. Ela investiga como pensamos, sentimos, aprendemos e nos relacionamos. E é justamente nesse ponto que ela se torna uma grande aliada da educação: ao compreender como o cérebro aprende, podemos ensinar com mais propósito, eficácia e humanidade.
A educação católica sempre enxergou o ser humano de forma completa: mente, corpo e espírito — e a neurociência reforça essa mesma visão. Ao estudar como o cérebro aprende, sente e se desenvolve, a neurociência confirma a importância de cuidar da pessoa por inteiro, algo que a tradição cristã já valoriza há séculos.
Essa conexão entre fé e ciência tem ganhado força em movimentos como a Educação Integral, proposta por pensadores como Ken Wilber, e aprofundada por autores como Esbjörn-Hargens, Reams e Gunnlaugson. Para eles, educar bem não é apenas transmitir conteúdos, mas integrar razão, emoção, valores e espiritualidade ao processo de ensino.
Considerando esse contexto, apresentamos a seguir oito pontos que mostram como a neurociência e a educação católica caminham juntas.
1. Formação integral do ser humano
A educação católica e a neurociência entendem que aprender vai muito além do raciocínio. É preciso envolver as emoções, o corpo, os valores e até mesmo a espiritualidade para formar uma pessoa por completo.
2. Ambientes que fazem sentido
Aprendemos melhor quando aquilo que estudamos tem significado. Por isso, as instituições de ensino que oferecem um ambiente acolhedor, com vínculos afetivos, valores cristãos e propósito conseguem ativar áreas específicas do cérebro dos estudantes para facilitar a aprendizagem e a construção de identidade.
3. Olhar para diferentes dimensões da realidade
A Educação Integral propõe que a escola ensine os estudantes a ver o mundo por vários ângulos: com lógica, emoção, empatia e fé. Esse olhar completo ajuda a formar jovens críticos, sensíveis, que compreendam o mundo real e que sejam abertos ao diálogo.
4. Razão e emoção caminham juntas
Hoje sabemos, pela neurociência, que não existe pensamento claro sem o bem-estar emocional. Por esse motivo, ao unir conhecimento com espiritualidade e formação do caráter, é possível promover esse equilíbrio e formar pessoas mais conscientes e empáticas.
5. Crescimento por etapas
Assim como o corpo, nossa mente e espiritualidade também passam por fases. A educação que respeita esse tempo de amadurecimento e oferece experiências adequadas a cada etapa, ajuda alunos e alunas a crescerem com segurança, autonomia e sentido.
6. Espiritualidade e empatia são ferramentas de aprendizagem
Pesquisas mostram que o cérebro aprende melhor quando exercitamos empatia, colaboração e propósito. Por isso, esses valores precisam fazer parte do dia a dia das crianças nas instituições de ensino, onde a convivência, a solidariedade e o cuidado com o outro fazem parte da rotina.
7. Autocontrole e resiliência
A escola pode ajudar a orientar as crianças a lidar com emoções, frustrações e desafios. E a educação católica, com suas práticas de reflexão, espiritualidade e vivência comunitária, ajuda a desenvolver a resiliência e o equilíbrio emocional desde cedo.
8. Formação para a liberdade e o bem comum
O objetivo da educação católica não é apenas formar bons profissionais, mas também pessoas livres, éticas e comprometidas com um mundo mais justo. E a neurociência mostra que o senso de responsabilidade e cuidado com os outros pode — e deve — ser desenvolvido desde a infância. Por isso, esses conceitos se complementam.
A Verbum, como já mencionamos, busca a união entre ciência e espiritualidade em uma proposta única: formar seres humanos completos, com mente ativa, coração sensível e espírito fortalecido.Essa integração está presente em cada parte do nosso programa de aprendizagem:
- materiais didáticos físicos e digitais;
- trilhas digitais adaptativas;
- avaliações;
- monitoramento de aprendizagem;
- soluções tecnológicas;
- formação continuada de educadores.
Tudo é cuidadosamente planejado para oferecer às instituições de ensino uma solução verdadeiramente integral, fundamentada em evidências científicas e nos valores cristãos que orientam nossa missão.
Como parte desse compromisso, desenvolvemos — em parceria com o biomédico Billy Nascimento, mestre e doutor em neurofisiologia — o ENDOCoGS, um modelo exclusivo de neurociência aplicada à educação.
Sua proposta é clara: transformar descobertas científicas em práticas pedagógicas eficazes, embasar nossos materiais didáticos com fundamentos sólidos e promover o desenvolvimento integral do estudante.
Para entendermos melhor como esse modelo funciona, no centro dessa abordagem estão sete neurotransmissores-chaves. Vamos conferir o papel de cada um deles:
1. Endorfina: associada ao corpo e ao espírito, está ligada ao bem-estar físico, à superação e à resiliência — pilares fundamentais para que o estudante saiba agir diante dos desafios da aprendizagem.
2. Noradrenalina: atua sobre a mente, regulando a atenção, a prontidão e o foco. Ela prepara o cérebro para aprender e está presente em momentos de concentração e alerta.
3. Dopamina: conecta mente e espírito ao desejo de aprender. Responsável pela motivação, curiosidade e sensação de conquista, o que fortalece o vínculo entre o estudante e o conhecimento.
4. Ocitocina: ligada ao espírito, promove o vínculo social, a empatia e a confiança — valores profundos da proposta cristã e indispensáveis para a convivência em comunidade.
5. Acetilcolina: com atuação entre mente e corpo, está relacionada à consolidação da memória e à coordenação motora, e é essencial tanto na fixação dos conteúdos quanto no desenvolvimento psicomotor.
6. GABA: age sobre o corpo e o espírito, promovendo calma, equilíbrio e autorregulação emocional. Cria as condições ideais para um ambiente de aprendizagem seguro e acolhedor.
7. Serotonina: atua sobre o espírito, influenciando o bem-estar, a empatia e a conexão social. Ajuda a promover atitudes positivas e solidárias entre os estudantes.
Além desse estudo, do qual abordamos apenas uma parte, nosso currículo é fundamentado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nas necessidades atuais da Educação Básica — documento que padroniza a base do ensino nacional, para que todos os estudantes, independentemente de sua localização ou condição socioeconômica, tenham acesso aos mesmos conhecimentos.
Por fim, ressaltamos também que nosso planejamento educativo está integrado ao Pacto Educativo Global e seus compromissos, projeto divulgado pelo Papa Francisco em 2019, para ajudar famílias e instituições de ensino a construir uma educação humanizadora, integral e voltada para o bem comum.
Para conhecer mais sobre a Verbum Educação e saber como nossas soluções podem impactar e modernizar as instituições de ensino, entre em contato conosco. Leve a ciência, a educação e a fé para a sua escola!
Leia também: Pacto Educativo Global: a busca por uma educação mais humana, solidária e cristã.